Um dos efeitos inesperados de encomenda feita a Olafur Eliasson em 2003 The Weather Project foi o de ter transformado o espaço cavernoso do Turbine Hall, na imitação de um solário gigantesco que atraiu milhares de adoradores do sol artificial. Os espectadores (na realidade partecipantes) observando o tecto espelhado, viam um reflexo que completava o semi-circulo de lâmpadas, assim como o duplo fantasmagórico de si próprios, através de uma nuvem de vapor de água. Esta técnica de trazer o exterior para o interior, seja ele uma cascata, Wasserfall, 1998, uma pista de gelo, The Very Large Ice Floor, 1998, um bosque, The Forked Forest Path, 1998, ou um arco-iris, Beauty, 1994, como uma critica, ou como um mecanismo de ruptura relativamente ao olhar institucionalizado dos frequentadores de galerias de arte, ainda é concerteza uma das preocupações de Eliasson. Contudo, os projectos internacionais e as bienais afastam-no frequentemente do museu e ele fica mais liberto para perseguir o seu compromisso fenomenológico com o acto de ver e expreimentar a arte, derramando litros de tinta verde num rio ou deixando uma torneira aberta para que a água se infiltre nos cantos esconsos de uma cidade. Os resultados espectaculares de uma colaboração ou investigação quase cientifica, tais como a sua casa recreativa caleidoscópica e cinestésica Blind Pavillon, na Bienal de Veneza de 2003, conseguem-se através de manipulação de jogos perceptivos. Eliasson imagina uma situação e cria uma máquina ou um meio para chegar a esse objectivo mas, sem a nossa intervenção, a máquina deixa claramente de funcionar.